quarta-feira, setembro 27, 2023
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Membras da Comissão de Psicologia e Povos do Cerrado realizam atividade de imersão em aldeia Majtyri

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Nos dias 23 e 24 de julho, membras da Comissão Especial de Psicologia e Povos do Cerrado do CRP-23, a psicóloga Paula Rey Vilela e a estudante de Psicologia Karen Juliete da Luz Brito, realizaram uma atividade de imersão na aldeia Majtyri, localizada no entorno do município de Santa Teresinha/MT.

Através de uma aproximação com a comunidade indígena e seus costumes, a ação tinha o objetivo de ouvir e identificar demandas da população indígena local para poder mediar junto aos órgãos competentes suas carências em relação ao acesso às políticas públicas, especialmente de saúde.

A aldeia Majtyri está localizada a margem do Rio Araguaia e do outro lado, na Ilha do Bananal, estão situados aldeamentos da etnia Karajá. A aldeia Majtyri tem uma população de 99 indígenas, incluindo crianças e adolescentes.

Segundo as expedidoras, dentre as questões relatadas por integrantes do povo Majtyri as principais queixas são em relação a pesca ilegal em época da Piracema e a falta de fiscalização de órgãos competentes, e sobre a dificuldade de acesso ao atendimento público de saúde.

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Membras da Comissão Especial de Psicologia e Povos do Cerrado: Karen Juliete (esq.) e Paula Rey Vilela (dir.)

De acordo com o relato das membras da Comissão de Psicologia e Povos do Cerrado, na aldeia Majtyri não há casos de suicídio, mas indígenas Majtyri contam sobre eventos recentes em aldeias próximas. As expedidoras narram que o povo Majtyri relaciona o suicídio ao contato com os Turi (termo utilizado para referirem-se aos não índios) e com a globalização, no sentido de impulsionar o desejo para objetos que lhes são pouco acessíveis.

Desta forma, baseando-se na perspectiva do compromisso social da psicologia, além da mediação com os órgãos competentes (Sesai e Funai) para promoção da saúde na aldeia, a Comissão também se coloca a disposição do povo Majtyri para promover novas ações e, quando houver oportunidade, auxiliar na aproximação com caciques das aldeias próximas visando o apoio para a resolutividade de suas demandas, fomentando o bem-viver em seus territórios.

(Colaboradoras: Paula Rey Vilela e Karen Juliete da Luz Brito)

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