Por considerar legítimas as reivindicações da classe de trabalhadores da educação, considerando que os professores são peças fundamentais para a formação de uma nova geração que seja capaz de provocar transformações afirmativas e necessárias à construção de um mundo com mais justiça e dignidade, o Conselho Regional de Psicologia do Tocantins apoia e se solidariza à greve dos servidores da rede pública de educação municipal, iniciada há 18 dias em Palmas-TO.
O movimento organizado de professoras e professores de Palmas – TO deflagrou greve no dia 05 de setembro buscando atendimento às seguintes reivindicações: cumprimento da data-base, progressões, eleição para diretor, retroativos e execução integral do Plano de carreira (PCCR). A categoria cobra a efetivação das demandas firmadas em acordo com a gestão municipal há mais de dois anos.
Em resposta à reação oposta ao diálogo e à ameaça do corte de ponto dos grevistas, comprometendo o sustento dos educadores e de suas famílias, sete professores realizaram greve de fome. O CRP-23 lamenta que seja necessário colocar vidas em risco para se fazer cumprir o que são direitos dos trabalhadores e espera que as partes competentes caminhem para um entendimento, em benefício da categoria, dos estudantes e de toda a sociedade que sofre os impactos negativos deste impasse.
A saúde mental é um dos grandes focos de atenção da Psicologia como ciência e profissão. O Conselho de Psicologia do Tocantins, enquanto órgão representante dos profissionais da área no Estado, se preocupa com a condição adoecedora produzida pela dificuldade de diálogo e pelo descumprimento dos acordos em políticas públicas no contexto das reivindicações dos professores de Palmas. Por essa razão, vem a público se manifestar, na perspectiva da efetivação dos direitos humanos nessa conjuntura educacional, na expectativa de que a situação se resolva da melhor forma possível, enfatizando a legitimidade da luta dos trabalhadores e trabalhadoras da educação.