domingo, novembro 26, 2023
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Audiência Pública na Câmara Municipal pauta demandas das mulheres negras; CRP-23 participa

 

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“A realidade da mulher negra na cidade de Palmas” foi o tema da audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (30) na Câmara Municipal. Na ocasião foram pautadas reivindicações e pensadas proposições que contemplem as demandas das mulheres negras. A psicóloga Carmen Hannud, pesquisadora do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) participou da ação representando o Conselho Regional de Psicologia do Tocantins.

A audiência pública foi proposta pelo Núcleo Lélia Gonzales da Marcha Mundial das Mulheres/TO e requerida pela vereadora Laudecy Coimbra, presidente da Comissão de Assuntos dos Direitos da Mulher.

Dados do Mapa da Violência, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, apontam que o homicídio de mulheres negras no Tocantins aumentou mais de 82% em 10 anos. As condições de subalternidade em que as mulheres negras estão expostas dentro das cadeias sociais, e o atual contexto de desconstrução de direitos que agrava essa realidade, fundamentaram as reivindicações do Núcleo Lélia Gonzales por políticas públicas efetivas, considerando as especificidades de gênero, raça e classe.

À convite da Câmara Municipal, a psicóloga Carmen Hannud, pesquisadora do CREPOP no CRP-23, acompanhou a audiência e falou sobre os impactos psicossociais do racismo na vida das mulheres negras, colocando o Conselho a disposição da casa para pensarem políticas públicas capazes de mudar essa realidade.

Ao final da audiência, a militante do Núcleo Lélia Gonzales e assistente social, Janaína Costa Rodrigues, observou a baixa participação dos vereadores eleitos o que, segundo ela, demonstra o desinteresse e a apatia em relação ao tema. Apesar do esvaziamento, Janaína afirma que o grupo continuará procurando os parlamentares para pautar as demandas e cobrar a inclusão de políticas públicas especificas na agenda orçamentária.

“Saímos da audiência com a expectativa de que seja criada pelo menos uma comissão de parlamentares para tratar das questões que a gente levantou. Queremos nos reunir com a casa para detalhar as proposições apresentadas na carta de reivindicações, insistindo na instituição e efetivação de políticas públicas que contemplem as mulheres negras.”. (Janaína Costa Rodrigues)

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