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Dia do Orgulho LGBTQIA+

28DEJUNHO2021

O dia 28 de junho é o marco de resistência do movimento LGBTQIA+ no mundo. A data foi escolhida em referência à Rebelião de Stonewall, que teve início quando lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais resistiram às invasões violentas de policiais em um bar onde a comunidade LGBT costumava se reunir na cidade de Nova York no ano de 1969.

Desde então, durante todo o mês de junho e com maior visibilidade no dia 28, são realizadas ações pela descriminalização, despatologização, eliminação dos estigmas referentes à diversidade sexual, conscientização por respeito, segurança e promoção de equidade social, além de manifestações de orgulho e fortalecimento das identidades LGBTQIA+.

Em 2021, segundo ano em meio a pandemia da COVID-19, é preciso falar mais uma vez sobre a precarização das condições de vida deste grupo, o qual se encontra ainda mais vulnerável diante das consequências da atual crise sanitária. Dentre tantas outras questões que historicamente assolam a comunidade LGBT no Brasil, a saúde mental foi considerada o fator mais afetado durante a pandemia.

De acordo com o ‘Diagnóstico LGBT na pandemia’, 42,72%, dos mais de 10 mil entrevistados nas cinco regiões do país, relataram o aumento de problemas ligados à saúde mental como o maior impacto da pandemia e 54% afirmaram precisar de apoio psicológico. A pesquisa foi realizada durante o ano de 2020 pelo coletivo #VoteLGBT, que atua desde 2014 buscando aumentar a representatividade de LGBTs+ em todos os espaços. O estudo também identificou que que o isolamento social para LGBTs+ não apenas significa se afastar da sua rede de apoio, mas pode até aumentar a convivência com um ambiente marcado pelo preconceito.

Neste sentido é importante que psicólogas e psicólogos fortaleçam suas práticas em defesa de saúde mental para a população LGBTQIA+, reforçando sempre que as homossexualidades e as expressões trans não estão no campo da patologia, e permanecendo atentas(os) aos dispositivos que ratificam o compromisso histórico da Psicologia em defesa deste grupo: Resolução nº 01/99, que orienta profissionais da área a atuar nas questões relativas à sexualidade e reforça que a homossexualidade não é patologia, distúrbio ou desvio psicológico; a Resolução nº 01/18, que trata da identidade de gênero e orienta profissionais da Psicologia a atuar, no exercício da profissão, de modo que as travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias; e a Resolução nº 10/18, regulamentando que profissionais da Psicologia travestis e transexuais terão o nome social destacado, ao lado da fotografia, na frente da carteira de identidade emitida pelos Conselhos Regionais de Psicologia.

Vale lembrar também que neste 28 de junho, o CFP lançará Nota Técnica para atuação da(o) profissional sobre a Resolução CFP nº 01/99. O evento terá início às 15h e poderá ser acompanhada pelas redes sociais do CFP.

O CRP-23 reconhece a necessidade de todo ativismo LGBTQIA+ e convida a categoria e a sociedade para ampliar o diálogo em defesa do respeito à diversidade, uma vez que não há Psicologia sem pluralidade.

 

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