Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela

25 DE JULHO

25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data nasceu do primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, realizado em Santo Domingos, na República Dominicana, em 1992. No Brasil, desde 2014, no 25 de julho celebra-se também o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra – em homenagem à líder do quilombo Quariterê, localizado no Vale do Guaporé/ MT, que viveu no século XVIII resistindo e organizando a luta contra a escravização.

Anualmente, mulheres negras organizadas promovem ações em alusão à data com o objetivo de dar visibilidade e propor estratégias de combate às opressões de gênero, raça e classe que afetam suas condições de vida.

Em tempos de pandemia da Covid-19, em que houve um aprofundamento das desigualdades sociais, as vulnerabilidades pré-existentes sobre a realidade da mulher negra foram ainda mais acentuadas. No Brasil, onde o contexto que antecedeu a pandemia já colocava as mulheres negras como o grupo mais vitimado pelo feminicídio, violência doméstica, violência obstétrica, subemprego e desemprego, os impactos da desigualdade racial tornaram-se ainda mais devastadores.  

No entanto, é importante destacar que apesar de comporem o grupo mais prejudicado, as mulheres negras têm assumido um forte protagonismo no enfrentamento às consequências sociais da atual crise sanitária. Por isso, se faz urgente atuar pelo fortalecimento das organizações de mulheres negras e por uma sociedade antirracista, promovendo a conscientização para a importância das discussões de raça na formulação e implementação das políticas públicas, a fim de que as diferenças potencializadoras das violências sejam reconhecidas e combatidas.

Desta maneira, é fundamental que a Psicologia reconheça o sofrimento psíquico ocasionado pelo racismo, garanta o direito a memória e história do seu povo para que seja ressignificada a identidade destas mulheres, viabilizando a saída da subalternidade rumo ao protagonismo.

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