
Neste 19 de abril, dia em que refletimos sobre a resistência dos povos indígenas no Brasil, se faz necessário dispersar todos os estereótipos associados a data e visibilizar a luta dos povos originários do nosso país que até hoje sofrem as consequências do histórico de violências da época da colonização e lutam para que os seus direitos sejam garantidos.
Apesar da Constituição de 1988 ser considerada um marco para a garantia de direitos aos povos indígenas (tendo um capítulo inteiro dedicado a proteção de suas organizações sociais, línguas, crenças, tradições e territórios), na prática as 305 etnias que resistiram até aqui seguem marginalizadas, oprimidas e tendo os seus direitos violados.
Neste contexto é importante lembrar que o direito destes povos à terra antecede a criação do próprio Estado e que ainda assim, segundo o “Relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil”, publicado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), só no ano de 2020 foram identificados 263 casos de invasões possessórias, exploração ilegal de recursos e danos ao patrimônio em territórios indígenas.
Por isso, o 19 de abril é dia de refletir sobre como a Psicologia tem atuado a favor do bem viver dos povos indígenas, considerando os impactos psicossociais provocadas por séculos de violência.
No Tocantins, como estratégia de atenção às demandas dos povos tradicionais, o CRP-23 criou em 2018 a Comissão Especial de Psicologia e Povos do Cerrado, que tem funcionado em diálogo com os povos representados, envolvendo a construção de ações e intervenções práticas fora do contexto das cidades.
“A causa indígena é de todos nós! Pelo direito dos povos originários à terra, cidadania e respeito!”